"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." (José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira)
Quantas vezes olhamos sem reparar?
E quando acontece?
É estranho.
Parece ser diferente, estar diferente, e no entanto
tão igual.
Toda aquela simplicidade abstracta do olhar.
Toda aquela normalidade, luz, cor...
Tão bonito!
Um novo olhar enche a terra, e o coração.
Esse bate serenamente,
esperando por mais um reparo simples, abstracto e normal.
Basta um olhar mais profundo para tudo voltar atrás;
Basta um olhar mais doce para que tudo pare
e, no entanto,
continue.
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